Apenas ir...
Seguindo um caminho
para o infinito
fui andando sem direção
os lugares porque passei
foram se sucedendo um ao outro
e um tempo depois
já não conhecia mais nada.
Não parei
eu tinha uma meta a cumprir
que era ir sem voltar
e não me preocupava
com coisa alguma
e às vezes pensava
mesmo sem querer.
O mundo é muito grande,
então, não corro o risco
de contornar esse destino
e me deparar com o ponto de partida,
não levei marcador de tempo,
nem precisa pautar nada, ou...
Eu só quero uma estrada.
A graça de perder o perdido
sem ser fiel ao acaso
quando não tem liga
ou elos de condução
num trato sem tese
para querer lembrar
o que ficou no passado.
Condor Azul.