Noites...

As minhas noites sem sono

me levam a loucura,

o corpo bronzeado pelo escuro,

nem vejo a minha própria silhueta.

Só os meus pensamentos

de olhos arregalados

querem marcar os passos.

Mas, sei que vou e volto

tantas vezes mais,

ate perco as lembranças

de que devo dormir.

Mesmo ao deitar,

assim, com os olhos fechados,

nem sinto o corpo,

Porque estou na guerra,

a lua clara, é bem assim,

meu quarto triste

sem sino algum.

O silêncio perturba-me,

porque acho que sem saber

já me perdi sem prazer.

Quatro horas da manha

e perco também

a esperança de dormir.

Vem horas!...

Que eu agora quero emendar,

para tentar

na próxima noite

descontar.

O que me segue a tantas noites ?!;

Sem luz,

sem sono,

e sem mim.

Condor Azul.