Em sutil caminho.
No pano
solto no plano
acima do aeroplano
viver em um canto
sem ser insano
com o gosto sano
de sonho espartano
cruel desengano
quero desencano
por isso, abro o cano
busco o ano
já me encanto
não quero pranto
sou fulano
um dia fui sicrano
quem sabe serei bertano ?
Primo indiano
de um brasiliano
segundo americano
tô falando italiano
daquele medo felino
de deixar esse mundo
sem ter dito isso
para presentear o meu contemporâneo
aquele amigo incredo
que não perdoa o verso
do poeta Claudio
que vive no alto
dos seus cinquenta e nove anos
e não se importa do que está lhe restando.
Condor Azul.