A Poesia psicanalítica do amanhã...
O amanhã...
Não o espero...
Pois ele é o hoje...
Da véspera de ontem...
Gritar para o tempo...
Por favor...
Pare um pouco!...
Mas o pouco é vasto...
Em seu marcapasso de trovão...
Uma traição...
Que faz o troglodita...
Um limbo...
De intelectualidade...
Vou assim flores...
E odores...
Sanando dores...
Gerando novos amores...
Vou cantar ao acaso...
Para me trazer o nada...
Para um agrado...
De sentir-me um pouco amado...
As maçãs estão vermelhas...
A pele arde no verão...
A plebe arde em qualquer estação...
A razão procura alguma razão...
Para a emoção...
O sofrimento escolhe seus filhos...
A vida adota seus adversários...
Eu sou o amanhã...
Na procura em vã...
De ter algum divã...
Fazendo me, sã...
A cada nova manhã...