Como um Van Gogh

Hoje nada valho

Apenas um pobre louco

A pintar seus Girassóis sob o céu azul

(Que, para mim, tem sempre nuvens escuras)

Talvez algum dia

Quando não for nada mais que pó

Depois de, sozinho

Em algum sanatório

Com um tiro no peito

Fizer o que já deveria ter feito,

Talvez, séculos depois

Achem-me algum valor...

Nos meus escritos,

Numa maneira de expressar, talvez

Uma dor que não cabe no peito

Por isso ele tem que explodir

Para que a dor

Entre sangue e Morte

Possa, livre, sair...

Querido Vincent

Nunca granjearia tua admiração

Pois não sou digno de tua grandeza

Sou apenas aquele que deseja

No silêncio de uma noite escura

Por um ponto final em toda essa loucura...

Sergio Vinicius Ricciardi
Enviado por Sergio Vinicius Ricciardi em 03/01/2021
Código do texto: T7150610
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