Cumulus Nimbus
Cão raivoso, minha sina
Destilo meu ódio
Como o álcool
Destila seu veneno...
Passaram-se os dias amenos
Ó tempestade!
E já que é meu destino
Cruzar-te, de tempos
Em tempos,
Manda-me ao menos
Alentos...
Ventos narcóticos
Assim, ainda que me debata,
Amarrado ao mastro
Que eu sangre o menos
Possível
Até a volta da bonança...
Não te iludas, marujo;
Onde há loucura,
Há ilusão
Nunca esperança...