Por um fio

Humilhados...,

escarnecidos.

Andando num

mundo sem destino

sem opção,

por não terem noção.

Seu mundo,

__ no sub(mundo).

É vazio, mas nem eles

sabem do vazio que vivem;

desconhecem a própria dor.

Alma gritante,

__Vozes?

Inconscientes,

acorrentam sua alma

quantos grilhões...

são cadeias abertas,

uma prisão infernal.

Esquecidos por todos!

A sujeira lhe acompanham...

Nessas horas urubus

tem mais valor,

até mesmo rato de esgoto.

O tempo passa...

e os consomem.

Por onde passa casa

de cupim,

Aonde as traças acham.

Sempre afugentados,

pois causam medo.

Mas quem perde sua razão

seria fraco?

Ou não tem força

de vontade para lutar

prefere se anular

e se quer percebe

que não faz parte

do real.

Há, quem faça pouco caso

do seu fracasso,

espírito de loucura.

Em passada era,

talvez tinha tudo

mais não valia nada.

Hoje não tem nada,

e não vale nada.

Muitos estão assim,

porque sofreu uma perda,

perda de um amor,

outros porque estudou

demais e não foi capaz

de se superar.

__ A mente é por fio

se der um nó fica difícil

desatar.

Esperança não existe

no seu vocabulário,

mas que vocabulário?!

Pois já morreram

e não sabem.

Porque os nécios são

assim, de outro mundo,

o mundo que eles criaram!

02/10/2.020

Mary Jun