Paranoia IV
Como eu vim parar aqui?
Em pé do parapeito do edifício
O vento cortante balança meu corpo
Para trás e para frente,
Como um joão-bobo.
Enquanto fixamente
Olho para o chão de concreto.
Parem de gritar e não me olhem assim,
Pressiono as mãos sobre os ouvidos
Tentando calar as vozes,
Fecho de medo os olhos,
Pois não quero ver a morte.
Mas minha mente é fraca e vulnerável
E isso é perturbador,
Não sei quanto mais posso aguentar
Antes do meu corpo
Despencar em queda livre.