És meu refúgio

És meu refúgio

Mente obcecada

De olhos cegos

E expressão paralisada

Olhos que não enxergam

A realidade

Olhos que discordam

De minha superfluidade.

És meu refúgio

Garoto insano

Meu monopólio

Dentro de meu mundo tirano.

Que ignora minha agonia

Minha loucura perturbadora

Que encara meu ser

Com uma esperança promissora.

És meu refúgio

Digno de regalias

És meu erro

Que eu nunca acertaria.

És a perfeição

Que não merece esse sentimento

Mas, sim, o despreze.

És meu refúgio

Minha armação

Meu lucro

Sua condenação.

És tudo o que não mereço

Mas não dou fim

A esse apreço.

Nota: esse poema foi escrito aos meus 15 anos em forma de resposta ao "Poema dos Olhos da Amada" de Vinicius de Moraes.

Teresa Arabesque
Enviado por Teresa Arabesque em 11/11/2020
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