ACONTECEU NO MUSEU.

UM PONTO PRETO

NO QUADRO BRANCO

NA SINERGIA DE PROFUNDIDADE

E É JUSTAMENTE A VIAJE

DO OLHAR SOBRE A ARTE

QUE O AUTOR DESEJOU.

MAS, QUANDO OS ÂNGULOS

SE MULTIPLICAVAM NA VISÃO,

DE ACORDO COM A POSIÇÃO

DO APRECIADOR LEIGO

E ADMIRADOR DE OBRAS ABSTRATAS,

EM SUA PRIMEIRA IMAGINAÇÃO

SERIA UMA COISA QUE NÃO ERA

A INTENÇÃO DO CRIADOR.

POIS O INTENTO ERA COLOCAR O VISITANTE

NO PONTO EM QUE ELE IDEALIZOU,

PARA SER UMA PORTA ABERTA

PARA OUTRAS DIMENSÕES,

POR ONDE SE VIAM MUNDOS DISTANTES,

PERDIDOS SOB A COR NEGRA.

MAS, QUANDO ASSIM TERIA SIDO

O FIM DE UM OUTRO PLANETA

NO UNIVERSO DE UM ADEUS CEGO,

SURGIRIA UM CRÍTICO DE ARTE

AO TEU GROSSO MODO,

PORQUE SE EXPLODIU NUM BURACO NEGRO

UM MUNDO QUE ELE NÃO CONHECIA.

CONDOR AZUL.