O silêncio recolheu-se.
A tarde não reconhece
a rua vazia.
Os sons assumem o trono
da fantasia...
O trem apita...apita...
avisa que vai passar.
Uma criança grita,
parece mimada
no sapateado da tarde fumacenta.
Um homem , também, grita...
"Oi, véio!"
Parece que precisa acreditar
que a vida continua no lugar.
A cachorrada late.
O gato mia...mia,
avisa que chegou,
o passeio acabou.
Ao longe,
a igreja reunida,
canta no som uníssono,
o hino do domingo,
distante do povo,
sem socorro,
recolhido no imaginário.
Algum carro se aproxima,
junta o som da sua rima,
nas nuances do choramingo.
Próximo à janela...
a sinfonia da passarada
faz contorno aos sons,
sem nexo,
pano de fundo
do sono profundo,
sem sentimento...
reflexo...
do cenário desconexo!
A tarde não reconhece
a rua vazia.
Os sons assumem o trono
da fantasia...
O trem apita...apita...
avisa que vai passar.
Uma criança grita,
parece mimada
no sapateado da tarde fumacenta.
Um homem , também, grita...
"Oi, véio!"
Parece que precisa acreditar
que a vida continua no lugar.
A cachorrada late.
O gato mia...mia,
avisa que chegou,
o passeio acabou.
Ao longe,
a igreja reunida,
canta no som uníssono,
o hino do domingo,
distante do povo,
sem socorro,
recolhido no imaginário.
Algum carro se aproxima,
junta o som da sua rima,
nas nuances do choramingo.
Próximo à janela...
a sinfonia da passarada
faz contorno aos sons,
sem nexo,
pano de fundo
do sono profundo,
sem sentimento...
reflexo...
do cenário desconexo!