Mingu - quoque
Também ... Tão bem ... Memorar
Pessoas queridas idas,
Aconteceres recentes presentes.
E
Fugir cobarde como "rey bourbon"
Aos braços de amigos descrentes,
Mas fundamentalistas prementes,
Eis a ironia fatal do mortal divino:
Não pode carregar contradições e misérias
Quem arrasta anos impossíveis
Em lombos castigados por excessos
Que todos conheciam,
Mas não ousavam denunciar:
Interesses creados e afetos desprezíveis,
Reino de corrutos revestidos de togas,
Envolvidos em sotanas de vermelho fogueado,
Lambecus colegas em latrocínios e estupros ...
Esse é o "reino del bourbon", não único no mundo,
Mas sim modelo ou exemplar de habitantes
Do inferno que Dante desenhou.
Mingu, gato feliz e carinhoso,,
Foste livre dessas misérias
Por também ser libertado da condição humana.
Por isso mesmo hoje fruirás a visão suprema
Que os gatos mereceis impolutos.