Velho tolo
O velho tolo
se atira para si
e retrai sobre o solo
em seu caixote de madeira
Suspenso sobre o crepúsculo
vem a pensar
De quem é a realidade inutilmente pretensiosa?
Qual o valor de todo o caos
se no final da multiplicação
o resultado seria nulo?
Pode servir de alguma coisa,
assim pensa o velho tolo.
O avalanche de ideias inusitadas
Insinuam
e insultam pró ao movimento
sobre uma esfera imaginária.
O quão longe já esteve antes?
Ou o quão próximo?
Sangra
e escorre de seu rosto
todos os pensamentos e sentimentos sobre seu corpo
Nada disso é tão real,
não é?
As respostas estão esculpidas
em suas paranóias.