Lâmina afiada

Penso no silêncio, e no medo de interrompê-lo com minhas palavras,

não sei quais usá-las, não sei o dizer,

se você pudesse ouvir o meu coração, talvez sentiria,

mas o meu coração não aguenta mais,

eu não sou bom pra isso,

não sei quem eu sou, ou o que me tornei.

O meu coração de poeta sonha demais,

sofre demais, e ainda assim, brilha.

Sofro, choro, sou poeta,

lágrimas são versos,

soluços, sussurros,

poesia.

A poesia pulsa no meu coração

e o poema percorre minhas veias,

é preciso gritar, mostrar, escrever,

chorar, falar, amar.

Leia-me, chore comigo.

A poesia vive em meu peito,

ela pulsa como uma lâmina afiada,

cada verso, um corte,

talvez eu sobreviva até terminar de escrever

essas palavras.

Márcio André Silva Garcia
Enviado por Márcio André Silva Garcia em 25/07/2020
Código do texto: T7015887
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