Lâmina afiada
Penso no silêncio, e no medo de interrompê-lo com minhas palavras,
não sei quais usá-las, não sei o dizer,
se você pudesse ouvir o meu coração, talvez sentiria,
mas o meu coração não aguenta mais,
eu não sou bom pra isso,
não sei quem eu sou, ou o que me tornei.
O meu coração de poeta sonha demais,
sofre demais, e ainda assim, brilha.
Sofro, choro, sou poeta,
lágrimas são versos,
soluços, sussurros,
poesia.
A poesia pulsa no meu coração
e o poema percorre minhas veias,
é preciso gritar, mostrar, escrever,
chorar, falar, amar.
Leia-me, chore comigo.
A poesia vive em meu peito,
ela pulsa como uma lâmina afiada,
cada verso, um corte,
talvez eu sobreviva até terminar de escrever
essas palavras.