ERGÁSTULO
Dentro do meu coração
Eu estou sempre
Com a corda no pescoço,
Um nó de de repente,
Engasgado de um caroço.
Dentro do meu peito
Há sempre um alvoroço,
Uma confusão de vozes
Que me pedem teu retorno.
Dentro da minha cabeça
Tenho sempre a arma
Prontamente engatilhada
Apontada para a têmpora:
Ficai meus demônios
Que eu estou no controle
Um passo em falso
E nem tu nem nós,
Eu sou o cárcere,
O carcereiro
E o encarcerado.