ERGÁSTULO

Dentro do meu coração

Eu estou sempre

Com a corda no pescoço,

Um nó de de repente,

Engasgado de um caroço.

Dentro do meu peito

Há sempre um alvoroço,

Uma confusão de vozes

Que me pedem teu retorno.

Dentro da minha cabeça

Tenho sempre a arma

Prontamente engatilhada

Apontada para a têmpora:

Ficai meus demônios

Que eu estou no controle

Um passo em falso

E nem tu nem nós,

Eu sou o cárcere,

O carcereiro

E o encarcerado.

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 26/06/2020
Código do texto: T6988757
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