Cuidado, é sexta-feira.

Cuidado! É sexta-feira.

Havia olhares. Olhares que não tinham cores.

Mas ele trabalhava. Trabalhava.

Nem carnaval. Nenhum feriado.

Mas a sexta feira sim. Era esperada...

No café da manhã a esperança.

Esperança de deixar o suor e soltar-se na poesia da noite.

O dia passava; a vigilância também.

Eram olhares encomendados.

O almoço esquecido. O suor aumentado.

Pressa para voar. Voar como os pássaros.

Só com a brisa. Sem suor.

Olhar e viver a vida de todos os ângulos.

Pelo fio que entrelaçam os satélites ouviu a sua cara metade.

Ela também esperava ansiosa. Sexta-feira – o dia especial.

Nos fios de toda a cidade os olhos dos fios de satélite.

Havia um cerco. Nem notavam.

De mãos dadas mergulharam no Oceano da sexta-feira.

Alegria, frenesi e festa. Velocidade...

Cercados e encurralados. Não perceberam.

Acordaram no tumulo dentro do cemitério.

jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 26/06/2020
Reeditado em 15/04/2021
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