Medo
Num manto negro,
Projetando o piscar de um brilho intenso
Traído por medo atraio indesejos
Suor jorrado, humilhante rastejo.
Se de longe as vozes vem se aproximando
Meu aguçado faro, percebe em fato,
Enjaulado um rato, em grades inexistentes.
Suor jorrado medonhamente
Estalos ralos formando tatos,
Suor jorrado, suor jorrado
Medonho medo mendiga amparo
Estalos secos estampam passos
Suor jorrado, suor jorrado.
Degraus calados tem entrega farta
Degraus tagarelas, sentinelas sem farda
Verdade falsa
Dançando a valsa
Bailemos desgraça
Lambemos de graça
Lutemos tal farça
Suor que um bravo jamais suara...
Ou de tão bravo, indigno se tornara.