Medo

Num manto negro,

Projetando o piscar de um brilho intenso

Traído por medo atraio indesejos

Suor jorrado, humilhante rastejo.

Se de longe as vozes vem se aproximando

Meu aguçado faro, percebe em fato,

Enjaulado um rato, em grades inexistentes.

Suor jorrado medonhamente

Estalos ralos formando tatos,

Suor jorrado, suor jorrado

Medonho medo mendiga amparo

Estalos secos estampam passos

Suor jorrado, suor jorrado.

Degraus calados tem entrega farta

Degraus tagarelas, sentinelas sem farda

Verdade falsa

Dançando a valsa

Bailemos desgraça

Lambemos de graça

Lutemos tal farça

Suor que um bravo jamais suara...

Ou de tão bravo, indigno se tornara.

Siid
Enviado por Siid em 23/06/2020
Reeditado em 23/06/2020
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