A LOUCURA DA ENTREGA
Queda a face
Em vertentes transparentes
Foco nu em si mesmo
Um olhar que não quisera ter
Veio a loucura vestir sua pele
Repele a possível felicidade
Não acordou do seu estado
O qual ninguém compreenderia
Achando o vegetativo
Uma banalidade
Quem entende os loucos de amor, Os que flagelam a ampulheta
Fxam as pupilas e rodopiam
Matam em vozes ferozes
Morrem na filosofia histérica
Da obsessão pela depressão
Não há cores multifacetadas
No seu mundo particular
Enfeitam os cabelos de lágrimas
Como se fora a chuva
Volumosa e charmosa
Acasalando a nota desafinada
Não tem cura para o desamor
E os loucos se entregam
Numa sanidade única
Respiram o ar que vem da ilusão
Mesmo sentindo uma aura
Que onde pisam não há chão.