A LOUCURA DA ENTREGA

Queda a face

Em vertentes transparentes

Foco nu em si mesmo

Um olhar que não quisera ter

Veio a loucura vestir sua pele

Repele a possível felicidade

Não acordou do seu estado

O qual ninguém compreenderia

Achando o vegetativo

Uma banalidade

Quem entende os loucos de amor, Os que flagelam a ampulheta

Fxam as pupilas e rodopiam

Matam em vozes ferozes

Morrem na filosofia histérica

Da obsessão pela depressão

Não há cores multifacetadas

No seu mundo particular

Enfeitam os cabelos de lágrimas

Como se fora a chuva

Volumosa e charmosa

Acasalando a nota desafinada

Não tem cura para o desamor

E os loucos se entregam

Numa sanidade única

Respiram o ar que vem da ilusão

Mesmo sentindo uma aura

Que onde pisam não há chão.

Patrícia Pinna
Enviado por Patrícia Pinna em 21/05/2020
Código do texto: T6953601
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