GRIS
Nem amanheceu
E eu
Olhar outonal
No peitoral
Da janela,
Elaborando
Conjecturas
Encenando
Com a loucura
Estando
Onde não estou
Sendo quem sou
E não
Desafinando
A canção
Desafiando
A solidão
Ou tentando
Entrelaçando
As paralelas
Criando
Uma tela
Abstrata
Ignorando
A errata
Eu sem amor
Sem ternura
Na moldura
Da realidade
Na impossibilidade
De ser feliz
Eu gris
Eu gritando!
“Ao vencedor
As batatas”.