Cassis

Rolando um som do Eric Benet,

Coisas profundas do Kemet…

E algumas outras vãs.

Aroma de lima e flor,

Na língua o seco do merlot…

E o doce úmido das maçãs.

Aquela crespa e frondosa juba,

O olhar, a boca rubra…

Davam até um certo medo.

Sortilégio de um mago,

Ela fez o chocolate amargo…

Se derrete em seus dedos.

Ah! A tarde era gris,

Peles pretas tom cassis…

Carinhos pra lá de atrevidos.

Ali sobre o carpete,

Desci seu corpete: Me aperte!

Sussurrou ela em meu ouvido.

Boca, seio, pescoço, estômago,

Cintura, âmago…

Amiga, cheguei ao céu!

Agora não sei se cravo,

Ou me embebedo nesse favo…

Nesse avo, encharcado de mel.

Peles pretas tom cassis,

Profunda raíz...

De um baobá.

Estou em outro país,

Onde ela é imperatriz...

E falamos em ioruba.