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Não multiplico peixes.
A porra da minha vida.
São cacarecos de coisas miúdas,
E moídas,
E doidas.
Meu lado são
Vive na inanição
Dos fatos,
Atos,
Alhos e bugalhos
Dos caralhos dos jornais.
O acento do a ou e ou i
Não define nem muda
A muda, a planta,
O vaso de terra seca
E a folha morta.
Toda mensagem embrulhada
Em papel de pão.
E você
Que não entendeu merda nenhuma,
Não se ocupe em me definir,
Eu mesmo não me aturo.
Mário S. Andrade – 15/04/2020