Sopro da morte
Desespero, respiração ofegante, falta de ar
Coração não para nesse instante
Ação gerada pelo medo constante
Pensamento que não para, delirante
Músculo tenso fazendo contração
Enquanto as mãos trêmulas
Escrevem lindos poemas
Suadas, frias, pulmão contraído
Dedos dormentes pela pressão
Mãos formigam quentes e ardentes
Taquicardia, medo irracional
Visão turva, náusea, efeito colateral
Estou morrendo? Não é natural
Coração, infarto, dentro do quarto
E mais uma vez sinto
Desespero, respiração ofegante, falta de ar
João Paulo