"de um inferno, sem ela"
"Com estas flores pensava, doce donzela , adornar teu leito nupcial e não espalhá-las sobre tua sepultura."
(Hamlet) Cena I, Ato V
...
eis a porta que cai sob escombros de um nada
uma paragem ensaiada de torpes conselhos
os espelhos, sendo desejos aflitos e em disparada
causa da morada incessante destes sonhos acesos
eis o destino final que debate-se e torna a cair
eis a minha luta diária por nunca acreditar
lá, e apenas naquele lugar de mentiras a ruir
estado de sítio que não se controla e não vai parar
sobe o fogo que desalinha as nuvens mortas
o mesmo fogo que declara todo o meu torpor
a mesma luz que não aceito e que evito supor
eu quero que o inferno a carregue pelas costas
eu imagino a convulsão que determina sob terras
e sob terras e terras que caem sobre ela, e só nela.
e somente, assim.