O Fecho Ebúrneo.

A regurgitação do caolho lembrete (do tempo)
conduz o mistério alado onírico - para os mais sábios,
a fronte destaca os pés assombrados (entre os métodos femininos).

Sono. Fórmula. Sangue. Imersão-decifrada - matar
os dentes serve como o sorriso um pouco (mais) longe do corpo.
A própria boca no contexto de visão.
O sabor não evoca nada. Não se cala - o grito.

Desígnio:
''O sótão desvia viscoso como
se o ontem fosse uma repetição.''

---
 
Deixa-me dizer que estamos na gravura dos noventa anos. Que os solos de frenesi tornaram-se escassos. Que a pele não se conjuga imersa no tempo. Que seu pênis irradia beleza. Que nossas mortes não decifram espadas. Que o amor é uma lágrima sólida. Que a incestuosa licença da vida perdoa os jovens-de-deus.

Como se frente ao corpo nos fosse permitido o lânguido grito.
Como desvairadas trevas. Como voz e corpo - sem alma. Como nos doamos. Como suamos. Como somos ferocidade.
 
Ensina, oh, terra: o desvirginamento da nuvem! A festa do pequeno bolo! O fétido perfume se compara ao grande sonho nacional de amar a pátria!
 
Pátria de corações ressentidos! Febris e polidas - as despertadas! Sonhamos e negamos o vento! Inflamos o tempo! Descascamos um pouco dos anjos como a prova inegável das horas que buscamos!
 
O termo médico é ''amnésia''. A vantagem, absorção. O senso, límpido.
Os versos, menos-ou-mais-ou-menos. Ou centros. Ou escuridão.
 
Lainni de Paula
Enviado por Lainni de Paula em 20/02/2020
Reeditado em 20/02/2020
Código do texto: T6870191
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.