ESFERA DO BALCÃO DE BAR

O bar era escuro;

A escuridão, muro.

A luz consistência choupo

Lembrava tudo como pouco.

Os copos das prateleiras

Como planetas, satélites,

Cheios conduziam à Lua

Ou Pasárgada de Bandeira.

O ventilador agitava a hélice

E todas almas ali desfeitas, nuas...

Ela, sentada, assentava-se em si.

O sujeito do balcão já em ânsias de vômito.

Senti ...aquilo tudo que contemplava ali

Jamais confirmaria-me o ser indômito ...

Dedico este poema à brilhante contista Dolce Vita.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 01/02/2020
Reeditado em 08/02/2020
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