ESFERA DO BALCÃO DE BAR
O bar era escuro;
A escuridão, muro.
A luz consistência choupo
Lembrava tudo como pouco.
Os copos das prateleiras
Como planetas, satélites,
Cheios conduziam à Lua
Ou Pasárgada de Bandeira.
O ventilador agitava a hélice
E todas almas ali desfeitas, nuas...
Ela, sentada, assentava-se em si.
O sujeito do balcão já em ânsias de vômito.
Senti ...aquilo tudo que contemplava ali
Jamais confirmaria-me o ser indômito ...
Dedico este poema à brilhante contista Dolce Vita.