MAIS UMA DAQUELAS POESIAS ROMÂNTICAS RECHEADAS DE SENTIMENTALISMO PIEGAS E FRESCURAS DESSE TIPO SOBRE UM AMOR QUE ACABOU

Lembro de nós como se fosse ontem…

Nosso amor foi vívido,

Mas alguém tirou você de mim.

A noite foi incrível,

Intensa e indizível.

Após nós dois, em um nó,

Unimo-nos.

Mas depois disso…

Você ficou fria.

Virou pro lado,

E sequer olhou pra mim.

Chamei-te pelo nome,

Sussurrei em seu ouvido,

Beijei teu pescoço,

Mas nada.

Ignoraste-me sensualmente.

Teu olhar nada dizia,

Apenas que não queria mais dizer nada.

Levantei-me do leito.

Bebi água para hidratar o corpo,

Vencido pelo amor.

E você?

Lá. Saciada. Suficiente.

Presa num "basta" intermitente.

Pude ver ainda,

Os detalhes da volúpia,

Os traços nítidos da tua beleza feminina,

Que me despertaram a avidez por ti.

Desde quando éramos somente sonho.

Aturdido voltei,

Deitei novamente ao seu lado,

Em silêncio também fiquei.

Como era possível?

Minutos atrás Ícaro me invejaria,

Qual Davi… eu tinha minha Abisague.

E no calor do nosso amor,

Qual gota de chuva que se perde no mar,

Perdi-me em você.

Mas quando achei-me,

Você cerrara-se num claustro pessoal,

E quase inumano.

Qual flor que se fecha.

Tão fria.

Meu coração deu voltas intermináveis.

A suspeita vibrou meu peito,

E os mais vis demônios subjulgaram-me sobre o ciúme:

"Teria ela outro?"

"Fui mal dessa vez?"

"A quem ela me compara?"

Novamente aproximei meu corpo do teu,

Semelhantemente Adão e Eva,

E cravei meu olhar em ti,

Pra saber qual serpente te enganara,

Qual fruto cobiçaste.

"Amor, o que te fiz?

Estamos em nossa vinha enfeitada de lírios,

Nossas carnes como amálgama de cores prismáticas.

Por que estás fria?

O que te enregelou?

Responde-me, amor.

Por que esta cara?

Por acaso não devia ser assim nosso amor? Proibido.

Não obedeci qual escravo tuas preferências?

Por que me ignoras?

Se não me amas de fato,

Por que mentias? Leviana e bela."

Ela... fria.

Em mim. A dor falava mais alto.

Nela, que adormecia como um anjo,

Ou fingia dormir,

Se me ouvia, não era receptiva as palavras.

Rosnei:

"Estás com outro, não está?

Por tudo que é mais sagrado, exijo-te:

Responde-me!

Tens outro que lhe encantou com maus enlaces?

Cativa estás do proibido que não eu?

Por que?

Por que?

Enganaste-me com teu sabor?

Usaste-me como em "Venha ver o pôr-do-sol"?"

Ela nada dizia.

De repente, alguém bate a porta.

Ainda estávamos despidos.

"Por que nos incomodam nessa hora?"

Levantei-me desesperado.

Deixei-te coberta em seus lençóis cândidos,

Fui até a porta:

E então meu mundo caiu,

Tudo fez sentido,

E o destino foi cruel.

Quando aquele homem ao me ver,

Disse de ti:

"Doutor, já terminou a autópsia da moça? Temos que enterrar o cadáver."

Obs: esse texto é uma brincadeira e uma segunda versão de um poema meu chamado UM TEXTO GRANDE O SUFICIENTE PARA TE DESANIMAR DE LER UM POEMA COM RIMAS ÓBVIAS E CLICHÊS.

A Pedido do poeta WALLACE AMORIM.

A culpa é dele kkkkk

Leandro Severo da Silva
Enviado por Leandro Severo da Silva em 11/12/2019
Código do texto: T6816177
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