SOBRE A PERDA DE MIM

Não mais me perderei de mim.

Há achas de lenha que me acham.

As alturas decididamente não se agacham.

Acho o que me cabe, ainda que nos confins.

Não mais me perderei assim comigo,

acho soluções ora lenha em achas,

Ora resoluções fêmeas mas machas

Na superfície como a dar algum abrigo.

Não mais me perderei de meu ser próprio

Ainda que minúsculo ou tênue qual crepúsculo.

Como ser sequoia se nasci assim arbusto ?

Grande ou pequeno, telescópio ou microscópio,

Não mais me perco para não mais haver procura:

Nunca mais expor a lanhos minha textura !

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 16/10/2019
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