PARANOIA
Perdoa-me, creio-me ser paranoico.
Veja, o tempo me persegue,
Todas horas passam, ele passa
E não consigo ser heroico.
Meu amor, que o diabo me carregue,
Mas antes disso, me abraça !
Sim, acho que vivo uma paranoia
E o tempo, o tempo insiste em correr
E não consigo ver acontecer;
Quando vejo, escurece a claraboia !
O tempo me persegue, me arrasta.
O vai vem das ondas ecoa-me aos ouvidos.
Acontece que o que sou não deveria ter sido.
Cansei-me até de dizer que basta !
Acho que sou mesmo um paranoico,
Espécie de minotauro dos tempos minoicos.
Decerto sou mesmo devorado pela paranoia
E não haja nada mesmo nada que minore-a.
O tempo persegue-me e vai passando
E a paranoia vem de quando em quando.