Pai sem nome (ou Édipo Disforme)
O caos é a minha casa.
Onde tudo é escalafobético.
A desordem dita as regras,
Em meu habitat psicótico.
Há um labirinto em minha mente.
Onde rastejo como um verme.
E mesmo quando avisto a saída,
Me assusto com a luz forte.
Então torno o quanto antes
À masmorra interior.
Cambaleio entre os cadáveres.
Ao cair da bengala imaginária.
Cada quadro paralelo,
Se intersecciona
Por linhas tétricas.
Que não encontram o centro.
Pois se um dia encontrarem,
Fragmentarão a unidade.
Que se tornará só destroços.
Desformes. Desformes.