Pai sem nome (ou Édipo Disforme)

O caos é a minha casa.

Onde tudo é escalafobético.

A desordem dita as regras,

Em meu habitat psicótico.

Há um labirinto em minha mente.

Onde rastejo como um verme.

E mesmo quando avisto a saída,

Me assusto com a luz forte.

Então torno o quanto antes

À masmorra interior.

Cambaleio entre os cadáveres.

Ao cair da bengala imaginária.

Cada quadro paralelo,

Se intersecciona

Por linhas tétricas.

Que não encontram o centro.

Pois se um dia encontrarem,

Fragmentarão a unidade.

Que se tornará só destroços.

Desformes. Desformes.

Rafael Gonçalves
Enviado por Rafael Gonçalves em 13/09/2019
Reeditado em 13/09/2019
Código do texto: T6744500
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