Vinho Torpe
Te acalma que hoje o dia ainda nem terminou
Tua alma, esbaforida, arrependida, de tanto que voou
Acalma essa loucura
Deixe que a deusa liberte
O teu eu interior
Esqueça que teus devaneios não tem nexo
Não tem vergonha, não tem prudência
Apenas sexo
Acalma essa ventania / Disritmia
Que Freud te decifraria
Como um pote de açúcar cobiçado
E mal aproveitado
Pois bem
Misturar-te emoção / pele / cheiro e paixão
E no liquidificador perdeste-te o pudor
Nessa tua desobediência
Bebeste a todo vapor / Este vinho torpe
Que te embriagou de amor