O POETA E A SUA DOR.
É A MENTE PROFUNDA
NUM BURACO NEGRO
QUANDO AO SOM DA LUZ
UM REDENTOR APARECEU
JUNTO A MANHA
SOLTA NA LIBERDADE DO CÉU
POR ONDE SE VIA NITIDAMENTE
QUE NÃO EXISTIA NUVEM.
O MESMO PAR DE OLHOS
NA INTRIGADA CHANCE
DE ABANDONAR AQUELE SENTIDO
NUM RASTRO DO LASSO
QUANDO A SOLIDÃO
QUERIA MORAR NO PEITO
SEM TER O LIMITE
ONDE ESSE SOFRIMENTO
PUDESSE CHEGAR AO FIM.
NUNCA,NUNCA O JAZ VENCERIA
POIS AINDA NÃO ERA O TEMPO DA LÁPIDE,
E ASSIM, CORTADO O FIO,
O SAGRADO DESEJO SE MANIFESTOU
EXPLODIU NO CORAÇÃO
UM SONHO ADORMECIDO
E NO SANGRAMENTO DA COISA
OS REFLEXOS VOLTARAM
PARA FORTALECER O DOM
QUE ORA A ALMA LEVE
REPRODUZIA NO CORPO
QUE TUDO É POSSÍVEL,
MAS, QUE A ETERNIDADE
É EXAGERADAMENTE POÉTICA
NA CRATERA QUE SE FEZ.
CONDOR AZUL.