Crime “paixonal”

Era uma vez uma saudade dominadora, possessivamente quente.

Mostrando flashes de um passado bom, logo ali acontecido, quase ao alcance dos corpos,

num tempo presente não permitido o reencontro.

Mas a oportunidade veio e veio armada da desforra;

foi chegando de mansinho

E como num pulo de gato, o abraço!

A saudade foi atingida pelo não motivo de ser no momento.

Estrebuchou de vontade de estar ali, bem no meio. Sem cabimento.

Foi ignorada, não correspondida, não reconhecida e

ferida jurou vingança:

_Quando eles se forem, eu volto e pego um por um!

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 30/08/2019
Código do texto: T6733328
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