"(não)era minha,"

"Fora de casa sois pinturas; nos quartos, sinos; santas, quando ofendeis; demônios puros, quando sois ofendidas; chocarreiras no governo da casa e boas donas do lar quando na cama."

(Otelo) Ato II - Cena I

...

o quê faço, dos quadros soltos e deserção dela?

o quê digo aos meus ouvidos, cegos, nesta tela?

aos olhos que a suspendam de mim, nesta data!

sem teatros que confirmem a tragédia ditada

eram curvas contraditórias, ainda assim, eu segui.

inferno perante é proporção de não devolvê-la

dor lancinante é esta chama-sol de nunca tê-la!

meu sonho distante e multiforme, que desci.

não são dias iguais quando ela não os modifica

ou espaços próximos de contar-lhe um ato ou dois

as falas de recita-la, e sempre! e todas as vezes depois

ela não escolhe as minhas todas cartas repartidas

"nem sua presença me serve, nem quanto te mantém

agora, é só revolta em letras de povoar-lhe, e amém."

AzkeTarOss
Enviado por AzkeTarOss em 09/08/2019
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