SALMO 127
Se o senhor não edifica tua casa
Não servirás nem mil dos trabalhadores mais hábeis
Tudo virá ao chão, tudo virá a ser brasa.
O senhor não é aquele dos céus,
Não dignifica o homem, nem felicita meninas enamoradas.
Esse perdeu espaço, suas trilhas estão cheias de cascalho
Mesmo entre os insultos, Nietzsche não errava:
“Deus está morto” há um novo em sua morada.
Pode chama-lo “senhor de réis”
Soberano dos soberbos
Não presta muita atenção em seus erros
Acaba por sair sem um de seus chapéus
E vira “senhor dos reis”
Todos um dia para ti hão de ajoelhar
Perante a suave verde tinta de sua túnica
Beijar-lhe os pés, pois sois a verdade única
Sobre o porquê de o homem rir e chorar
Oh meu grande!
Sem ti, nenhuma casa alicerça
Sem ti, Todas as igrejas são fechadas
Sem ti, não há gozos, nem festas
Sem ti, as lembranças não são laçaradas
Sem ti, não vencemos nenhuma guerra
Sem ti, todo sonho é conto de fada
Oh altíssimo!
Sem ti, nenhuma palavra presta
Sem ti, não entoam as canções
Sem ti, não anda os corações
Sem ti, não se abraçam as nações
Sem ti, poemas não chegam em mãos
Das moças sujas jogadas nas calçadas
Das crianças de olhos vermelhos e barrigas esfomeadas
Dos homens em fileiras apertadas da tua cruzada.