Cale sobre ti.
Conserva seu segredo.
Seu degredo.
Enjaula essa alma
nesse corpo alvo de dores
e hematomas.
Quem saberá sobre a chaga
que esconde sob as vestes?
Quem ateará fogo às vestes?
Quem lhe atenderá o último desejo?
Se o que sobrou é apenas um suspiro.
É um átomo de todo o multiverso.
O olfato é um visão estranha
Disforme.
E, que lhe sussura ao inconsciente
coisas impalpáveis.
Não consigo enumerar tudo.
O esquecimento está em pauta.
Permita-me olvidar.
Permita-me ignorar
a santidade contida na auréola,
na hóstia
e nos rituais.
O pensamento viciado em coisas.
Em paisagens
e, principalmente, em memórias de
um afeto que não existe mais...
Só é possível colaborar,
colaborar sinceramente
para coisas absolutamente inúteis.
Que fazem sentido no coletivo,
mas, são tão ínfimas
quando no singular.
Devo confessar todas as vis necessidades.
Cometer a inconfidência indiscreta.
E trair a verdade simplesmente
ao tentar exprimi-la
Pois, só o silêncio débil é hábil
a confessá-la.
Dizer com olhos.
Com gestos.
Com lágrimas e suores.
Benditos os que confiam.
Que conseguem confiar.
Crer, tocar os céus com preces
e súplicas.
Na esperança de conformar-se.
É como fabricar um paraíso
de origami.
Quanto mais eu penso, menos creio.
Cultuo a dúvida.
Avidamente questiono tudo.
Busco o distinguir.
O embaralhar da palheta.
Onde há cores e espectros.
Onde há ondas e córregos.
E, todos os caminhos
dão em Roma.
E desaguam nalgum mar.
Quero decifrar você, leitor.
Como se fosse uma charada.
Eu paro. Fico a contemplar-lhe.
Decifro e depois, passo adiante
Na busca de novo enigma...
Pois após achar a chave..
o segredo da porta, não vale mais
a segurança que acenava.
A verdadeira nudez é da alma.
Quando tiramos tudo que nos contorna
E, somente somos o que aprendemos
ao longo do caminho da vida.
Apesar das migalhas.
Apesar das pegadas.
Apesar dos vestígios.
Como dói envelhecer
Dói nos ossos.
Dói nos remorsos.
Dói cada vez mais
dormir, repousar e comer.
Até que um dia,
a dor finalmente cessa.
E, vamos integrar outra forma.
Aqueles que passaram.
Aqueles que existiram.
Alguns deixaram legados.
Outros deixaram largados
um lenço encharcado de lágrimas
que secaram pelo tempo
mas. não pelo entendimento.
Tudo que você vê,
é mero interstício do acaso.
Tudo é certo e oblíquo simultaneamente.
Se sensibilidade lhe dá a ação,
o entendimento lhe dá a alma.
E a ação da alma é infinita e imortal.
Ser escolhido é melhor que escolher.
Ter escolhido pode trazer arrependimentos.
Mas, no momento seguinte,
quando há nova escolha a fazer.
A indecisão ou a escolha nova nos parece
ser mais interessante
do que o arrependimento.
A pérgula da memória
a manchar de vinho,
o que era sangue.
Como um fóssil.
A mostrar o que era ser vivo
E agora é só uma impressão.
Quantos morrerão em guerras inúteis?
Quantos viverão em vidas intragáveis?
De qualquer forma, guerras e vidas
se excluem mutuamente.
E o que sobra
é apenas o poder.
E o poder não vale nem
um conselho sequer.
Conserva seu segredo.
Seu degredo.
Enjaula essa alma
nesse corpo alvo de dores
e hematomas.
Quem saberá sobre a chaga
que esconde sob as vestes?
Quem ateará fogo às vestes?
Quem lhe atenderá o último desejo?
Se o que sobrou é apenas um suspiro.
É um átomo de todo o multiverso.
O olfato é um visão estranha
Disforme.
E, que lhe sussura ao inconsciente
coisas impalpáveis.
Não consigo enumerar tudo.
O esquecimento está em pauta.
Permita-me olvidar.
Permita-me ignorar
a santidade contida na auréola,
na hóstia
e nos rituais.
O pensamento viciado em coisas.
Em paisagens
e, principalmente, em memórias de
um afeto que não existe mais...
Só é possível colaborar,
colaborar sinceramente
para coisas absolutamente inúteis.
Que fazem sentido no coletivo,
mas, são tão ínfimas
quando no singular.
Devo confessar todas as vis necessidades.
Cometer a inconfidência indiscreta.
E trair a verdade simplesmente
ao tentar exprimi-la
Pois, só o silêncio débil é hábil
a confessá-la.
Dizer com olhos.
Com gestos.
Com lágrimas e suores.
Benditos os que confiam.
Que conseguem confiar.
Crer, tocar os céus com preces
e súplicas.
Na esperança de conformar-se.
É como fabricar um paraíso
de origami.
Quanto mais eu penso, menos creio.
Cultuo a dúvida.
Avidamente questiono tudo.
Busco o distinguir.
O embaralhar da palheta.
Onde há cores e espectros.
Onde há ondas e córregos.
E, todos os caminhos
dão em Roma.
E desaguam nalgum mar.
Quero decifrar você, leitor.
Como se fosse uma charada.
Eu paro. Fico a contemplar-lhe.
Decifro e depois, passo adiante
Na busca de novo enigma...
Pois após achar a chave..
o segredo da porta, não vale mais
a segurança que acenava.
A verdadeira nudez é da alma.
Quando tiramos tudo que nos contorna
E, somente somos o que aprendemos
ao longo do caminho da vida.
Apesar das migalhas.
Apesar das pegadas.
Apesar dos vestígios.
Como dói envelhecer
Dói nos ossos.
Dói nos remorsos.
Dói cada vez mais
dormir, repousar e comer.
Até que um dia,
a dor finalmente cessa.
E, vamos integrar outra forma.
Aqueles que passaram.
Aqueles que existiram.
Alguns deixaram legados.
Outros deixaram largados
um lenço encharcado de lágrimas
que secaram pelo tempo
mas. não pelo entendimento.
Tudo que você vê,
é mero interstício do acaso.
Tudo é certo e oblíquo simultaneamente.
Se sensibilidade lhe dá a ação,
o entendimento lhe dá a alma.
E a ação da alma é infinita e imortal.
Ser escolhido é melhor que escolher.
Ter escolhido pode trazer arrependimentos.
Mas, no momento seguinte,
quando há nova escolha a fazer.
A indecisão ou a escolha nova nos parece
ser mais interessante
do que o arrependimento.
A pérgula da memória
a manchar de vinho,
o que era sangue.
Como um fóssil.
A mostrar o que era ser vivo
E agora é só uma impressão.
Quantos morrerão em guerras inúteis?
Quantos viverão em vidas intragáveis?
De qualquer forma, guerras e vidas
se excluem mutuamente.
E o que sobra
é apenas o poder.
E o poder não vale nem
um conselho sequer.