Loucura

Loucura

Sabe ela é a intensidade pura

O calor é a bravura

O sentimento voraz, o remorso inexistente

O ignorar de todas as culpas pendentes

Ela é variável, cheia de proporções adaptáveis

De limites ilimitáveis

De repertórios modestos a repertórios elegantes

Ela é um soco no estomago, uma voadora na cabeça

Um tiro de 38, o alastrar do fogo do coquetel molotov

Ela é cruel com crueldade

Defensora e vingadora da liberdade,

Ela é escrachada, mas as vezes sublime

Ela é um sorriso orgulhoso, no entanto as vezes parece a lamentação da ovelha negra

Às vezes eu a ignoro, peço que se contenha

Maldito erro meu

Esconder uma característica somente minha, apesar de vê-la em tantos outros

Agora a aceito do jeito que é

Do jeito de que deve ser

A abraço e ela o devolve cheio de altruísmo e possessão

Ela sou eu e eu sou ela

Compactos em único ser que transborda do que chamam de insanidade

Confesso que tantas vezes somos vulgares e desrespeitosos

Até mesmo grosseiros

Mas sempre sinceros, ela não me deixa mentir

Junto dela não sinto inveja, sinto orgulho de ser considerado louco

Pois o normal é apenas normal

E nesse mundo preto e branco a alegoria insana de cada ser brilham, cintila, grita

Como um manifesto a liberdade de ser o que é, é não o que acha que deve ser

A beleza existente na loucura de cada ser é algo a ser admirado, observado com atenção

Mesmo sendo abstrata ela vale mais do que qualquer parâmetro sobre normalidade vil mundana