RAREFEITO
Frio e medo, ar rarefeito
Energia desumana sobre os ombros, sobre os olhos
Sobre a mente suburbana
Sobe à mente que se embanana
Pensamentos que enganam
E fode o corpo, fode a vida
Ferra o tempo, azeda a comida
Ja na barriga
E expulsa o corpo, pede cafeína, perde cocaína, libera toxina
Falta serotonina, implora morfina, chora fluoxetina.
Mas so tem rivotril
Tem a puta que partiu
Tem distraçao para retina
Mas o amor próprio sumiu
Escorre como chorume toda vida por um funil
Diante de uma ironica rotina
Grita um amor que instiu
Grita um desespero que não saiu
Fez morada na garganta
Semente ruim que não se planta
Raiz profunda que se implanta
E da seus podres frutos azul anil
Colhe e degusta novamente
Segue perdida a mente
Cansada de cair nos mesmos erros
De Volta ao frio, ao medo e ao ar rarefeito.