RAREFEITO

Frio e medo, ar rarefeito

Energia desumana sobre os ombros, sobre os olhos

Sobre a mente suburbana

Sobe à mente que se embanana

Pensamentos que enganam

E fode o corpo, fode a vida

Ferra o tempo, azeda a comida

Ja na barriga

E expulsa o corpo, pede cafeína, perde cocaína, libera toxina

Falta serotonina, implora morfina, chora fluoxetina.

Mas so tem rivotril

Tem a puta que partiu

Tem distraçao para retina

Mas o amor próprio sumiu

Escorre como chorume toda vida por um funil

Diante de uma ironica rotina

Grita um amor que instiu

Grita um desespero que não saiu

Fez morada na garganta

Semente ruim que não se planta

Raiz profunda que se implanta

E da seus podres frutos azul anil

Colhe e degusta novamente

Segue perdida a mente

Cansada de cair nos mesmos erros

De Volta ao frio, ao medo e ao ar rarefeito.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 24/06/2019
Reeditado em 14/07/2020
Código do texto: T6680927
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