A VOZ QUE TE CALA.
Cala-te a voz do sinistro pensamento subconsciente
Qual liberdade de uma raça é propriedade de uma cor?
Quando o homem só tem tristezas a oferecer
Somente os sentimentos não são escravizados.
De sua vida és mero locatário e dessa Terra cliente
A de rir-te de ti o ódio, amante do amor
Que se esconde no teu peito e faz-te embrutecer
Daninha peçonha de homens civilizados
Onde distingue quão quinhão tens de ter de felicidade
Que sua área restrita de racionalidade é vulnerável
É quando descobrirá que és um modelo saudável de câncer.
Etnias, credos, raças, opções testam-nos dia-a-dia
E qual onisciente é do mundo quem vive da insanidade.
A vida passa tão rápido, esquece que és um miserável
Com espécie amedrontando espécie para mais ser
Haverá a hora de ambição e crueldade enxergar tua covardia.
Então solte essa voz que te cala e grite
Aos quantos que se fingem de fortes para esconder a ternura
Pois os tantos prantos escondidos com vergonha de se expor
Hão de livrar-se de si mesmo, para descobrir a verdadeira liberdade.
CHICO DE ARRUDA.