VELEJANDO...

Corpo dourado deitado ao sol
Peitos pontudos mostrados ao vento
Curvas desavergonhadas brindam a vida,
Bundas empinadas como serias, encantam...
Coxas postas sobre um convés branco
E, o vento batendo em costas nuas...


Triangulo invertido entre pernas
Alerta o perigo! Mas, nem ligo...
E me ponho a velejar, sigo navegando

Em águas claras e profundas e aquele avião
Pousado no convés do meu barco.
Ancoras repousam frente à praia deserta
Transpasso o perigo de alerta... Sigo velejando!

Conduzindo meu barco em corpo quente
À procura do abrigo de um porto seguro.


Ouvidos escutam gritos, gemidos.
E no balanço das águas vou batendo...
Sorriso gostoso de gozo começa aparecer
E mais gemidos...


Pernas entrelaçadas em corpo ardido
E meu barco não para, não para!


Gosto de sal na boca molhada
Suores e desejos conflitantes
Explodem como fogos de artifícios
Bem perto da praia, que de deserta
Não tinha nada.


Curiós, bem-te-vis
Cambaxirras, freneticamente cantavam
Assanhados, com a beleza dos amantes.







 
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 02/11/2005
Reeditado em 12/03/2020
Código do texto: T66421
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