((( DÁ PARA ENTENDER? )))

DÁ PARA ENTENDER?

Permito-me ser só quando quero.

Se não quero, haja força da natureza...

Tenho na razão minha chave mestra,

Mesclo dias cinzentos numa aquarela.

Ando na contramão do tempo,

Porque ando no mundo da lua,

Na colisão sou explosão nuclear,

Pelo coração podem me rastrear.

Ser luz da aurora nos dias cinzentos,

Contar segredos na calada da noite,

Quando bate o coração isento...

Nem sempre bate o vento em açoite.

Na boca da noite não entra mosca.

Experimente torcer de fato o nariz,

Ter uma porca, mas, sem a rosca,

Quem não tem no corpo uma cicatriz?

Meu poema está de ponta-cabeça

Ponta-cabeça é a planta do meu pé

Que planta? Se plantar vou meter o pé...

Por que tenho minhoca na cabeça.

Abril – 2019

Margareth D. S. Leite.