HABITUALMENTE ENTORPECIDO
Estranhos casos dos acasos têm acontecido
Formas em grito esplandecem, saem, retornam
Tristezas e angústia fazem sombra à alma
Preencho o pulmão com mais tragada...
Fujo, não paro por aqui....
-- Mais coisas estão por vir ---
Escolhas falhas, esperanças decapitadas
O sangue trava, a cabeça estrala
Desce mais uma gelada!
Falo sério! Quando desisto!
As berrantes vozes na cabeça, não me deixam mentir.
Não me venha me enxugar com palavras sórdidas.
De mórbido, já me basta alma:
Ave cálida, louca para sair...
Me passa o cigarro aí!
Cenas de alegria, família, namorada, amigos
Descem aos neurônios, por entre os estrondos da dor
Das tristezas, fazem-me os sorrisos do ano
Uma das condições naturais do humano: é precisar do torpor.
Vamos mais um Cizanno, desce mais um trago, ao amor!
Há mais nessas palavras escusas e inexatas
Do que no discurso brando de suas palavras deixadas
Me vejo confundida mente apaixonada.
Deixo as respostas para as bongadas
No cipó de índio do asfalto!