HABITUALMENTE ENTORPECIDO

Estranhos casos dos acasos têm acontecido

Formas em grito esplandecem, saem, retornam

Tristezas e angústia fazem sombra à alma

Preencho o pulmão com mais tragada...

Fujo, não paro por aqui....

-- Mais coisas estão por vir ---

Escolhas falhas, esperanças decapitadas

O sangue trava, a cabeça estrala

Desce mais uma gelada!

Falo sério! Quando desisto!

As berrantes vozes na cabeça, não me deixam mentir.

Não me venha me enxugar com palavras sórdidas.

De mórbido, já me basta alma:

Ave cálida, louca para sair...

Me passa o cigarro aí!

Cenas de alegria, família, namorada, amigos

Descem aos neurônios, por entre os estrondos da dor

Das tristezas, fazem-me os sorrisos do ano

Uma das condições naturais do humano: é precisar do torpor.

Vamos mais um Cizanno, desce mais um trago, ao amor!

Há mais nessas palavras escusas e inexatas

Do que no discurso brando de suas palavras deixadas

Me vejo confundida mente apaixonada.

Deixo as respostas para as bongadas

No cipó de índio do asfalto!

André M Carneiro
Enviado por André M Carneiro em 07/04/2019
Reeditado em 07/04/2019
Código do texto: T6617843
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