Alma de artista
Nessas vielas, escuta-se o respirar
Com passos leves, eles não te aborrecem
Olha para os lados, nada lhe inspira
Grita quanto queres, não te percebem.
Teus sonhos e fábulas, já estão crescidos
Teus afetos, já não cabem a uma só pessoa
Para outros, já és demasiado esquisito
Já não pertences à essa terra.
Um sentimento confuso, corre nas veias
Com as próprias unhas, abre as fendas
Escorre para o papel e telas à óleo, as suas dores grotescas...
Relaxado, vem a sede, de vinhos tintos e variadas cervejas.
Se esgueira, entre pessoas vazias
Nos vácuos, encontra receptáculos interessantes
Para despejar suas magias.
O mundo que escapa aos medos,
Não escapa aos artistas.
És um dos homens invisíveis, aceita tua maldição
Não precisamos de mutações, nem de muita atenção
Nem daqueles acessórios, não somos de ficção
Faz parte de uma das poucas exceções:
Invisíveis nas aparências,
Mas de notórios corações.