Frenético

Fiz do pão e do circo meus passatempos.

Roma inteira me aplaude e me incita,

Que eu continue matando...

As batidas dizem que sim, minha alma diz que não.

E no ritmo do circular arquitetônico

Vou girando meus pensamentos em volta do coliseu,

Torno-os fúteis, inférteis. Mudos.

E em última palavra ecoou um gemido.

Não o matei. Nem ninguém o fez.

Vejo a câmera descendo lentamente...

Caio ao chão e a poeira sobe.

Lá se vão meus sonhos, meus desejos.

Lá se vai um dia.

Um dia a mais no que chamam de diversão.