Redemoinhos Piroclásticos
Um golaço, no gargalo mesmo
A ventoinha engripada
Já não resfria
O pedinte ou o pedante; Quem és tu?
Eu sou espelho feito d'água
Ondulações modulam sons
Que viram cores e sabores
Num choque cultural
Atravessei a parede de concreto
Estou abstrato; Oiticica e Iberê
De sopranino a contralto
Engravidei um dia
Indigestão e azia
Me trazem você.
O furo no teu jornal
Era a reportagem onde meu rosto jazia
Hoje descanso em paz
Em minha rede
Moinho a trabalhar
A atrapalhar dons Quixotes
De sonhar sem um quê
de precisão
precisar.