Surreal
Ao meu olhar
Clareia a luz
Fina e intangível
Que ilumina meus pés
E nada mais
Tento enxergar meu rosto
Mas é tudo embaçado
Meu retrato é invertido
Como num quadro de Magritte
Então me encaro no escuro
Sem Entender muita coisa
Preso em um surrealismo
Subo escadas sem degraus
Atrás de uma porta
Há outra porta
Então a luz fina se dissipa
E eu não acordo de meu sonho
Estou inerte ao coma
Preso em um labirinto
Espero um dia acordar
Ou deixar de acreditar
Tampouco me importa
Desde que eu me liberte
E volte a enxergar...
(Guilherme Henrique)