QUASE BREU
Sobre o lençol do mar opaco,
Um envelhecido barco,
À mercê do impetuoso vento,
Extenuado comportamento.
Sobre a areia fina, contemplo...
O embaçado tempo,
Ouço o plangor eólico, sinto o desatino,
No estranho cenário, não me defino.
E sou o vento, sou o barco, o quase breu,
Sou tudo no instante errante, menos eu.
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HLuna
ENCANTO
Misturo-me à natureza,
só pra sentir-lhe a beleza,
que desponta a cada dia,
estuante de alegria.
Posso ser o sol que nasce,
ou a tarde que esmaece,
não há nada, pois, que embace,
o poder das minhas preces.
Assim vou, assim caminho,
na minha estrada encantada,
na minha estrada florida,
escutando a passarada
num hino de amor pela vida.