DESIGNER DE SONHOS SÓS
Juliana Valis
Vivo desenhando sonhos sós
Entre avessos de mim,
Nas transcendentes linhas e nós
Sem começo nem fim,
Nem preço neste mundo atroz,
No profundo lema, assim,
Perdido entre as réguas do amor...
Sou apenas designer de sonhos sós,
E guardo na alma uma fábrica de sentimentos,
Sem calma, meus versos fazem já meus nós
Entre os universos parcos e tão lentos
Desse coração estúpido e veloz,
Que desenha, em nós, dias e lamentos...
Ah, grito apenas nada ao quadrado de tudo !
E o infinito é mudo em poemas de aventura,
Queria que o amor fosse, sim, o melhor escudo,
Mas uma dor que invade o versos de loucura
Dispersa a tempestade do que somos nós,
Assim, oscilantes, nesse tempo que perdura
A fração efêmera de um frêmito veloz...
Por tudo isso, nada me assegura
A vertigem lídima do dia tão atroz,
E, assim, dilui-se minha vã ternura
De uma só designer de sonhos sós.
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Juliana Valis
Vivo desenhando sonhos sós
Entre avessos de mim,
Nas transcendentes linhas e nós
Sem começo nem fim,
Nem preço neste mundo atroz,
No profundo lema, assim,
Perdido entre as réguas do amor...
Sou apenas designer de sonhos sós,
E guardo na alma uma fábrica de sentimentos,
Sem calma, meus versos fazem já meus nós
Entre os universos parcos e tão lentos
Desse coração estúpido e veloz,
Que desenha, em nós, dias e lamentos...
Ah, grito apenas nada ao quadrado de tudo !
E o infinito é mudo em poemas de aventura,
Queria que o amor fosse, sim, o melhor escudo,
Mas uma dor que invade o versos de loucura
Dispersa a tempestade do que somos nós,
Assim, oscilantes, nesse tempo que perdura
A fração efêmera de um frêmito veloz...
Por tudo isso, nada me assegura
A vertigem lídima do dia tão atroz,
E, assim, dilui-se minha vã ternura
De uma só designer de sonhos sós.
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