Meu Abrigo
Falo com as pedras sobre as durezas da vida
Mas elas riem desentendidas.
Tropeço no caminho e vou trocando as pernas, enquanto digo pra mim mesma que eu te quero
Sobe poeira em meio ao calor e descubro que
está tudo fora do lugar, inclusive eu, tudo que foi jamais será, apenas memórias para guardar.
Sigo em meio ao fim, de uma agonia dentro de mim, sem cigarro e bebidas, recupero da fadiga e com sorte, ainda te encontro nessa terra onde quase tudo balança, mas não cai.
O inverno já chegou e já se foi, o verão por mim já passou, já caiu granizo, já nevou e o sol já retornou
Não vejo sinal do meu abrigo, que fica dentro dos seus braços, que já chamei de lar, agora chamo de amor.