Cheio de estupor.

Antes de me mandarem levantar,

Perdi as contas de quantas vezes morri!

Mas com esse mandamento pude concordar.

Tenho uma porção de coisas para fazer,

E não posso me dar ao luxo de aqui ficar.

Diante da minha inquietação eu me posto!

E sinto que sofro por toda a eternidade,

Pelos que estão presos e conservam a liberdade.

Ainda que efemeramente e com um pseudo sabor.

Angústio-me por que não há jeito de salvar,

A parte de mim que já se abandonou.

Não sou pela insanidade possesso, mas do outro lado figura a sensibilidade .

Vem dela todos os males que me atormentam.

És a culpada da minha incrédulidade,e pela insegurança que a mente criou.

Então incrédulo,inseguro e deprimente,sinto que os dias tiram de mim,

Tudo aquilo que o teu amor me deixou, e então eu lamento.

Questionando-me se não é atribuição dos covardes,

Tentar juntar todos os cacos e partes, de um cristal que se quebrou?

Tudo isso por medo da solidão e do esquecimento, com um pano de fundo egocêntrico.

De tentar sustentar o que jamais se sustentou.

Fruto da soberba divina, és filha da cegueira, a verdadeira tragédia.

Como sonhador e piegas, sofro por não julgar-me capaz de amor.

De sentir todo o peso do mundo, vejo que teu adeus, é também o meu, só que mudo.

E agora parece-me que aquele amor era e pouco e assim me tornou.

Tolo e refém da sublime verdade, confesso que te perdi nos embates,

Contra tudo o que a aquela mente ansiosa causou,

Mesmo não enxergando, pude ver que não me pertence a verdade.

Pertence a mim tão somente a soberba de acreditar,

Que teu coração puro fosse capaz de somente se render

Ao meu que sangra e que é cheio de tanto estupor.

Wherther

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 08/11/2018
Reeditado em 08/11/2018
Código do texto: T6497814
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