Cheio de estupor.
Antes de me mandarem levantar,
Perdi as contas de quantas vezes morri!
Mas com esse mandamento pude concordar.
Tenho uma porção de coisas para fazer,
E não posso me dar ao luxo de aqui ficar.
Diante da minha inquietação eu me posto!
E sinto que sofro por toda a eternidade,
Pelos que estão presos e conservam a liberdade.
Ainda que efemeramente e com um pseudo sabor.
Angústio-me por que não há jeito de salvar,
A parte de mim que já se abandonou.
Não sou pela insanidade possesso, mas do outro lado figura a sensibilidade .
Vem dela todos os males que me atormentam.
És a culpada da minha incrédulidade,e pela insegurança que a mente criou.
Então incrédulo,inseguro e deprimente,sinto que os dias tiram de mim,
Tudo aquilo que o teu amor me deixou, e então eu lamento.
Questionando-me se não é atribuição dos covardes,
Tentar juntar todos os cacos e partes, de um cristal que se quebrou?
Tudo isso por medo da solidão e do esquecimento, com um pano de fundo egocêntrico.
De tentar sustentar o que jamais se sustentou.
Fruto da soberba divina, és filha da cegueira, a verdadeira tragédia.
Como sonhador e piegas, sofro por não julgar-me capaz de amor.
De sentir todo o peso do mundo, vejo que teu adeus, é também o meu, só que mudo.
E agora parece-me que aquele amor era e pouco e assim me tornou.
Tolo e refém da sublime verdade, confesso que te perdi nos embates,
Contra tudo o que a aquela mente ansiosa causou,
Mesmo não enxergando, pude ver que não me pertence a verdade.
Pertence a mim tão somente a soberba de acreditar,
Que teu coração puro fosse capaz de somente se render
Ao meu que sangra e que é cheio de tanto estupor.
Wherther