Quero ser a tua Invenção
Eu te imaginei sem te ver
Nas madrugadas inacabadas
O silêncio se quebra entre mim e você
Nos tempos rudes
Estar em ti
Faz-me sentir segura
E se porventura eu não existir
Quero ser tua invenção
Esse teu harmonioso caos
Perde-se nas linhas tortas desse teu peregrinar
E se porventura me encontrar
Nessa vã geometria
Quero ser o teu desvairar
São injustas as fronteiras
Que crescem em volta das tuas torres
Nessa obra ilícita
Não quero estar certa
Quero ser tua clandestinidade
Dentro dos nossos abismos
Fugimos de nós mesmos
Se porventura nessa fuga
Encontrar-te uma janela
Quero ser pra você
O que de melhor existe nela